"São verdes as pastagens
Daqueles que são chamados
A desfrutar da paz.
Os ventos sopram
Mas poucas são as velas
Erguidas do mastro.
Proas seguem a diante
Avante sobre o mar
Guiadas pela Estrela.
Nevoeiros são comuns
Tempestades e redemoinhos
A treva toma alguns...
São raios verbais
Recifes ríspidos
Ondas de contradição
Casco caluniado
Rota acusada
A proa é condenada.
Nada é pleno
Na instabilidade
Marinha.
Há naufrágios.
Mutilados
Tudo é dúvida.
O resgate é intromissão
A caridade é ilusão
Esquecimento torna-se verdade.
Cada qual tem suas razões
Cada qual tem furos
Difíceis de conserto.
A floresta enevoada reproduz
Sussurros e cantigas
De não-existência.
Identidade é passado
O acaso é norte
Não há caminho, somente desbravar
Um mar sem estrela
Navegar voraz
Naufrágio continuo.
Encalhado na desolação
A paz é conceito
E o abismo, inevitável.
Mas, o fundo do poço
É o espelho da alma
O que sobra é o que somos.
A noite é mais escura
Antes do alvorecer;
Erguer-se é tangível.
Dentro de penumbra
Com a confusão silenciada
Há sinfonias de Luz
Cair em si
A identidade lameada
Alça o ressurgir.
Estar de pé é luta
Por vezes, apoiar-se nas erguidas mãos
Para retomar a jornada.
Voltar ao leme
Não resolve a instabilidade
Mar calmo é morte
Mas o olhar é outro
É obstinação em acolher
O mar como existe.
Há certa complexidade temporal
Muita acima de nossa capacidade
Supostamente intelectual
O que diz ser apto é corruptível
O dito imprestável
É antídoto.
Florindo vida as estruturas
Solidificadas em correntes
Onde outrora foram chaves.
Cada tempo
É um tempo único
E pessoal
Conhecer o caminho
Não garante trilha-lo
Exige mais que foco
É algo inato a essência
Comum a cada existência
Quando cultivado, faz toda a diferença.
Mais que escolha
Ou destino
É finalidade
A cintilante reação
De encontrar e acolher
O chamado
O passado não é peso
É a arte do marujo
Impulso a conquista
As pastagens aguardam
O deserto que transborda vida
Onde a Paz faz moradia."
Daqueles que são chamados
A desfrutar da paz.
Os ventos sopram
Mas poucas são as velas
Erguidas do mastro.
Proas seguem a diante
Avante sobre o mar
Guiadas pela Estrela.
Nevoeiros são comuns
Tempestades e redemoinhos
A treva toma alguns...
São raios verbais
Recifes ríspidos
Ondas de contradição
Casco caluniado
Rota acusada
A proa é condenada.
Nada é pleno
Na instabilidade
Marinha.
Há naufrágios.
Mutilados
Tudo é dúvida.
O resgate é intromissão
A caridade é ilusão
Esquecimento torna-se verdade.
Cada qual tem suas razões
Cada qual tem furos
Difíceis de conserto.
A floresta enevoada reproduz
Sussurros e cantigas
De não-existência.
Identidade é passado
O acaso é norte
Não há caminho, somente desbravar
Um mar sem estrela
Navegar voraz
Naufrágio continuo.
Encalhado na desolação
A paz é conceito
E o abismo, inevitável.
Mas, o fundo do poço
É o espelho da alma
O que sobra é o que somos.
A noite é mais escura
Antes do alvorecer;
Erguer-se é tangível.
Dentro de penumbra
Com a confusão silenciada
Há sinfonias de Luz
Cair em si
A identidade lameada
Alça o ressurgir.
Estar de pé é luta
Por vezes, apoiar-se nas erguidas mãos
Para retomar a jornada.
Voltar ao leme
Não resolve a instabilidade
Mar calmo é morte
Mas o olhar é outro
É obstinação em acolher
O mar como existe.
Há certa complexidade temporal
Muita acima de nossa capacidade
Supostamente intelectual
O que diz ser apto é corruptível
O dito imprestável
É antídoto.
Florindo vida as estruturas
Solidificadas em correntes
Onde outrora foram chaves.
Cada tempo
É um tempo único
E pessoal
Conhecer o caminho
Não garante trilha-lo
Exige mais que foco
É algo inato a essência
Comum a cada existência
Quando cultivado, faz toda a diferença.
Mais que escolha
Ou destino
É finalidade
A cintilante reação
De encontrar e acolher
O chamado
O passado não é peso
É a arte do marujo
Impulso a conquista
As pastagens aguardam
O deserto que transborda vida
Onde a Paz faz moradia."
"Graças e louvores
A Aquele que nos sustenta
Salva e santifica".